Na circuito...

Uma floresta de bambu.

Batidas eletrônicas.

Amigos e um lago.

Muita água para a manhã de domingo.

Em um certo momento houve sol.

Caixas enormes de som. Djs gringos, djs brasileiros (os melhores, lógico!)...

Bom ser vip em alguma coisa na vida, mesmo não sabendo o que vip significa. Bom dançar sem parar. Ouvir música sem parar. Música eletrônica que pode ser tocada ao vivo, live pa, algo do tipo. Não entendo, nem sei distinguir direito, mas gosto.

Velocidade.

O bom e velho rock'n'roll não apareceu, mas Woodstock deu as caras, nas suas devidas proporções... Muita lama. Alguns carros atolados. Um pessoal mais comportado, médicos a postos, seguranças protegendo o lago...

E o coração acelera simplesmente com as batidas da música. Sem precisar de estimulante nenhum. A energia vem das pessoas. Os sorrisos escapam a cada entrada inesperada. Não dá pra saber o que vai acontecer em seguida, tudo muda rápido e ligeiro, e rápido. Sim, de vez em quando fica repetitivo, mas a vida, no final, é uma sucessão de fatos que se repetem... A música eletrônica também. Sucessão de sentimentos que se repetem, como com qualquer outra música. Por isso dá pra classificar. E gostar...

E o melhor é poder ouvi-la sozinha dançando, sozinha olhando o lago, os bambus, a galera pirando, os djs dando o sangue...

O ruim é saber que mesmo no meio de tanta diferença o sentimento aqui dentro do peito é igual...

Eu só queria dançar para concretizar algo nessa pressa de vida.